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23 de Fevereiro de 2017 às 19:18

Formado em Campo Grande o “Comitê Contra a Reforma da Previdência”


Foi constituído em Campo Grande o Comitê Contra a Reforma da Previdência com o objetivo de esclarecer e mobilizar a população contra o maior ataque aos direitos previdenciários e aposentadorias já visto na história do país. Se aprovada, a proposta vai impedir o acesso de milhões de trabalhadores aos benefícios da aposentadoria pois eleva a idade mínima para acesso (65 anos) e o tempo de contribuição para receber a aposentadoria integral (49 anos de contribuição). Os trabalhadores terão diminuídos os valores da aposentadoria e também pouco tempo para usufruí-la levando-se em conta a média de vida do brasileiro.

A formação do Comitê teve início com uma plenária-debate, realizada na Universidade Federal de MS no dia 18/02, que contou com a presença do ex-Ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, que esclareceu os pontos principais da reforma e os impactos negativos sobre os trabalhadores.

A proposta de desmonte da previdência já está tramitando na Câmara dos Deputados e tem como presidente da Comissão de análise o deputado por Mato Grosso do Sul Carlos Marun.

A diretoria do Sintect-MS esteve presente no encontro e segundo a presidente, Elaine Regina Oliveira, os impactos serão sobre todos mas as mulheres sofrerão mais. “A proposta iguala a idade para homens e mulheres em 65 anos. Os homens terão um acréscimo de 5 anos a mais para se aposentarem, já as mulheres 10 anos. Sabemos que as mulheres são quem arcam ainda, infelizmente, com os afazeres domésticos e criação dos filhos, a chamada “terceira jornada”, e essa diferença de 5 anos existentes leva em conta isso. O governo, na sua ânsia de satisfazer os desejos do empresariado e dos banqueiros, acaba com tudo isso. É um retrocesso brutal para os trabalhadores e trabalhadoras do Brasil. Não podemos aceitar.”

Durante o evento foram apresentados dados que mostram que o chamado “déficit da previdência” é um mito. O governo retira anualmente 30% da arrecadação da previdência para gastar em outros setores e não cobra dos sonegadores e isso é que cria o “déficit”.

O Comitê realizou a primeira reunião na última terça, 21/02, na sede da ACP (sindicato dos professores de Campo Grande) onde foi tirada uma pré-coordenação para elaborar uma agenda de mobilização e agregar mais entidades. O Comitê é aberto para todas as entidades, centrais sindicais e movimentos que são contra essa reforma proposta pelo governo Temer e é independente de partidos políticos. É uma frente ampla de todos os que são contra o desmonte da previdência e da aposentadoria no país.

A próxima reunião do Comitê acontecerá no dia 2 de março, às 19 horas, na sede da ACP.

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