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22 de Junho de 2017 às 10:17

Greve dos Correios: uma avaliação


Saímos de um duro embate contra a direção dos Correios e contra o governo Temer. Uma greve cujos eixos de reivindicação  não eram, como normalmente acontece, por melhoria salarial ou inclusão de cláusulas num acordo coletivo. Realizada fora da data-base, esta greve foi em defesa de direitos ameaçados, contra a privatização e em defesa dos empregos, ameaçados pela gestão de Guilherme Campos.

Uns dizem: “foi uma greve política”. Mas toda greve não é política? Toda greve não se dá para a definição de uma política salarial e de benefícios, incluídos no acordo coletivo? Sim, foi uma greve “politica”, porquê “política” é a decisão de privatizar os Correios, “política” é a decisão de demitir trabalhadores sem motivo, “política” é a decisão de retirar pontos garantidos no próprio acordo coletivo  como é o caso do Plano de Saúde. “Política” é a decisão de fechar agências e sucatear a empresa. Sim, foi uma greve contra todas essas “políticas” aplicadas pelo governo Temer/Guilherme Campos.

Se levarmos em conta o momento em que essa greve aconteceu podemos dizer que o seu alcance causou surpresa na cúpula da ECT. Esperavam o seu fracasso, apostaram que não haveria paralisação. Mas essa aconteceu e não foi fraca como tenta mascarar o governo. Se é verdade que a maioria não aderiu, também é verdade que houve uma parcela significativa, apesar de minoritária, que foi à luta, teve coragem de enfrentar o governo com todos os riscos que sabia existirem pois ocorreu fora da data-base. Mostrou que existe um setor ecetista disposto à luta, que não se dobrou ao governo Temer e sua política. Maior em alguns lugares, menor em outros, a greve afetou os Correios em todo país e colocou a gestão Guilherme Campos na berlinda. Isso forçou uma negociação.

Queremos parabenizar os trabalhadores que aderiram a essa paralisação. Esses são os imprescindíveis na luta em defesa dos direitos dos trabalhadores ecetistas e dos Correios público e de qualidade. Mostraram coragem, consciência e disposição de luta. Queremos particularmente parabenizar os trabalhadores do interior de MS que, desde o ano passado, tem mostrado essa consciência e disposição de luta. Vivemos desde 2016 a “interiorização da mobilização” e isso é um fato muito positivo.

E àqueles que ainda não se conscientizaram da gravidade do momento que vivemos no que refere aos ataques aos diretos trabalhistas e aos Correios só podemos dizer: acordem!

 


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