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21 de Março de 2018 às 14:46

21 de Março: Dia Internacional Contra Discriminação Racial


   Nesta data, aproximadamente vinte mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, em Joanesburgo, na África do Sul. Esta lei obrigava os negros a andarem com identificações que limitavam os locais por onde poderiam circular dentro da cidade. Tropas militares do Apartheid atacaram os manifestantes e mataram 69 pessoas, além de ferir uma centena de outras. Em homenagem à luta e à memória desses manifestantes, o Dia Internacional contra a Discriminação Racial é comemorado em 21 de março.

   O racismo no Brasil ainda é presente nos dias atuais, uma herança maldita, que muitos carregam dentro de si, aquela idéia deixada pelos portugueses que achavam que a cor da pele determinava características como: força e capacidade intelectual. Mesmo após a abolição da escravatura muitas leis foram criadas, na tentativa de combater o racismo e a discriminação. Mas a tensão em torno deste assunto ainda causa em muitos brasileiros intolerância, práticas criminosas e atitudes racistas em relação à população negra.

   Essa prática dentro da atual sociedade contemporânea não cabe mais, o negro não pode ser subjugado como inferior, continuar recebendo menores salários, sendo excluídos de diversos grupos sociais e não tendo oportunidade de ocupar cargos que são exclusivos aos brancos. Com o advento da tecnologia e facilidades de comunicação por parte da internet, algumas práticas racistas tem mostrado um lado sombrio da sociedade, os ataques e palavras de ódio nas redes sociais contra a população negra mostra claramente o quanto o racismo ainda persiste e é latente.

   É necessário que o governo interfira para que tais práticas deixem de existir nas redes sociais, que a internet possa aproximar as pessoas com práticas positivas de convivência e entendimento mútuo. Alguns absurdos nas redes sociais precisam ser tratados de forma diferente pelo governo federal, com leis mais duras, punindo o infrator e garantindo principalmente a segurança da pessoa que foi agredida.

   O governo federal - juntamente com o MEC - peca na educação infantil de nosso país, quando o assunto é no ensino da cultura afro-brasileira ou na cultura africana. A lei 10.639 de 2003 que até o momento não saiu do papel, deixa claro que o combate ao racismo não é prioridade do governo, é preciso pautar esses assuntos na educação básica, para que os jovens tenham um olhar diferente, entendendo que só porque uma pessoa tem um pouco mais de melanina do que o outro, não é inferior ou tenha capacidade intelectual menor.

   O combate ao racismo começa na educação de nossos jovens, conscientizando a todos conseguiremos mudar esse cenário, e haverá um dia que não ouviremos falar em racismo e discriminação, e que as oportunidades serão para todos. Se quisermos construir uma nação forte começa nas escolas.

 

André Luiz S. Santos
Dir. de Combate ao Racismo e Discriminação do SINTECT-MS


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