Aconteceu nesta quarta, 26 de abril, em Brasília, uma reunião do presidente da ECT, Guilherme Campos com os representantes das Federações (FENTECT e FINDECT). A reunião não teve nenhum avanço e mostrou a intransigência da direção da ECT. Leia abaixo o informe da FENTECT sobre a reunião.
Movendo todos os esforços possíveis para garantir os direitos da categoria, mais uma vez, representantes da FENTECT foram recebidos pelo presidente dos Correios, Guilherme Campos, na sede dos Correios, em Brasília. Durante o debate desta tarde, que se estendeu até às 19 horas, foram tratadas questões como DDA, OAI, suspensão das férias e o plano de saúde dos trabalhadores. Irredutível, o presidente manteve suspensas as férias e afirmou que, caso esse seja um motivo para a greve, os trabalhadores podem partir, então, para a mobilização.
“Todas as ações que estão sendo tomadas precisam de tempo para apresentar resultado. A suspensão das férias é o único recurso disponível para segurar o caixa da empresa”, reforçou Guilherme Campos.
Confrontado pelas representações dos ecetistas a respeito do fechamento de agências, mesmo as superavitárias, Guilherme Campos discordou e falou que prefere acreditar no setor responsável pelo levantamento desses dados. A respeito do DDA, já suspenso pela própria empresa, conforme orientação passada, o presidente dos Correios falou novamente em suspensão, bem como qualquer mudança sobre a demanda da entrega pela manhã.
Ou seja, foram gastas horas desta quarta-feira com a direção da empresa para os gestores chegarem a mesma conclusão: a empresa vai continuar com a mesma política de cortes.
Questionado pelos diretores da federação sobre quais os planos da ECT para a CorreiosPar, o Guilherme Campos declarou que o foco está voltado às parcerias com empresas privadas. “Trata-se de uma grande chance de renovação, com novos serviços e novos produtos”, declarou o presidente da ECT.
Ficou claro para as representações dos trabalhadores o intuito da ECT no fatiamento da empresa. Por isso o processo de desmonte da atual estrutura dos Correios. Essas mudanças impactam na atuação social dos Correios junto à população, já que a privatização não garante a universalização no serviço. Ou seja, nem todas as comunidades do país serão atendidas. Como consequência, os empregados sofrem com demissões, cortes de benefícios, suspensões, com todas as alterações promovidas pela ECT.
O secretário-geral da FENTECT lembrou que, a cada dia, a ECT lança uma ferramenta diferente que apenas prejudica a categoria. “Chame as representações dos trabalhadores para conversar sobre essas mudanças. Presidente, o senhor precisa sair do muro e, para chegar a uma decisão, precisa ouvir os empregados. Pergunte aos trabalhadores na base qual a solução para os problemas dos Correios e eles vão saber. Enquanto isso, os dirigentes ficam pesquisando na internet o que fazer. Há mercado para os Correios explorarem, o que está faltando é encontrar uma vertente para o comando, a não ser que você compactue com o cenário atual no Brasil”, analisou o secretário-geral, se referindo às privatizações e retiradas de direitos promovidas também em todo o país.
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