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1 de Fevereiro de 2018 às 08:11

Posicionamento da FENTECT é confirmado por dados da CGU, que apontam má gestão da ECT


   Em reunião com o presidente dos Correios, Guilherme Campos, nessa terça-feira (30), mais uma vez, a FENTECT teve que lidar com as ameaças. Desta vez, o déficit do balanço de 2017, de acordo com a ECT, vai ficar em R$ 800 milhões, e os empregados correm o risco de ficar sem salários a partir do mês de abril. Sem esquecer que, além disso, temos pela frente o embate do plano de saúde, com julgamento previsto para o mês que vem, fevereiro.

   Quanto à extinção do cargo de OTT, segundo o presidente, se trata de um processo “natural” de terceirização nos Correios e esses trabalhadores serão realocados onde estiver funcionando a unidade extinta. Ele também enfatizou na reunião que o novo modelo a ser priorizado pela empresa será o da disputa do mercado de encomendas e alegou a queda do monopólio postal. No entanto, terceirizar a empresa de Correios do Brasil pode levar à degradação da estatal, com a terceirização dos demais cargos, e mesmo à privatização.

   Má-gestão

   Conforme a Controladoria Geral da União (CGU), desde a análise das contas do exercício 2013, há uma falha na adoção de medidas do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva dos Correios. Naquele ano, foram solicitadas medidas efetivas, de acordo com o Estatuto e o Regimento da estatal, para reverter os resultados negativos. Entretanto, isso não aconteceu, o que prova, segundo o órgão, o insucesso das diversas gestões, inclusive trocas de presidências e vice-presidências nos Correios.

   Além disso, o Relatório CGU 201700928 diagnosticou dados infelizes na estatal, como responsáveis pela ineficiência nos últimos anos, como: elevação dos valores pagos em indenizações e dos custos com insumos, redução da atividade econômica, defasagem tarifária, custos do benefício pós-emprego e a transferência de recursos dos Correios à União.

   A Auditoria Interna da ECT (AUDIT-ECT) também elencou no Relatório de Auditoria 2017004-AUDIT-ECT as principais responsabilidades da alta direção e constatou fragilidades que precisam ser eliminadas, para obter uma metodologia mais eficaz e eficiente por parte dos gestores dos Correios.

   Vamos à luta!


   Logo, não estamos sozinhos. O questionamento da federação e demais representantes da categoria sobre o suposto déficit da empresa tem cada vez mais embasamento. Por isso, a necessidade da abertura dos livros contábeis dos Correios.

   O próprio relatório da CGU aponta que a empresa propôs, em 2017, medidas para alterações irregulares e fora da competência da direção da ECT, como no caso do plano de saúde dos funcionários. É mais uma falsa argumentação para cobrar que os empregados arquem com a Postal Saúde, mesmo com os baixos salários e sem perspectivas de melhorias para o ano.

   Nota-se uma política de desmobilização na empresa. Os descontos em salários e benefícios são uma tentativa de amedrontar a classe. Mas a FENTECT e os sindicatos filiados não vão aceitar nenhuma retirada de direitos ou redução de benefícios, mas lutar pela manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho da categoria e pelo patrimônio do Brasil, os Correios.


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