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5 de Dezembro de 2017 às 15:28

PDI vem para subtrair e pode vender “passagem sem volta” para o desemprego do ecetista


Mal terminou o outro, e a ECT acaba de lançar mais um Plano de Demissão Incentivada (PDI). Para a gestão de Temer e Guilherme Campos, o problema dos Correios são os trabalhadores. Como ganham demais esses ecetistas que recebem o menor salário das estatais e como tem privilégios, como esse tal Plano de Saúde... Enquanto isso a farra e a impunidade correm soltas na gestão federal, com muitas negociatas e liberação de bilhões para deputados e senadores. A decisão de aderir ou não é individual. Mas o SINTECT-MS pondera para que os trabalhadores façam uma boa reflexão sobre esse passo, que tenha consciência do que está fazendo, que estude bem a opção para prevenir futuras perdas irremediáveis.

 

  De ponta a ponta do Brasil, os Correios estão presente em diversos municípios, levando aos cidadãos o direito básico à comunicação e, bem mais que isso, serviços aos quais não teriam acesso, se não fosse a estatal. Entretanto, também, hoje em dia, há muitas reclamações por parte de clientes que não são devidamente atendidos, pois, ou falta de estrutura na empresa ou mesmo a segurança.

  E nada disso é culpa do trabalhador. Muito pelo contrário, enquanto as representações da categoria lutam por condições mais dignas, concurso público na estatal, mais estrutura e material para uma prestação de serviço adequada, entre outras situações, a direção dos Correios promove o sucateamento da empresa.

  Defasado, o quadro de empregados da ECT tem diminuído a cada ano. No início de 2017, o presidente Guilherme Campos anunciou para toda a mídia a abertura do Plano de Desligamento Incentivado para Aposentados (PDI), destinado aos maiores de 55 anos. A expectativa da empresa era mandar embora quase 8 mil funcionários para, novamente, economizar em cima do próprio trabalhador.

  Agora a ECT abriu um novo ciclo do PDI, com desligamento já para o mês de janeiro de 2018, e alega que, por sugestão dos trabalhadores, não haverá limite de idade. A verdade é que, mais uma vez, o déficit nunca comprovado falou mais alto para a direção dos Correios, que ainda busca a economia vendendo um sonho desvantajoso para os ecetistas. Vale refletir sobre a atual conjuntura do País, os altos números do desemprego desde a entrada do governo Temer e, agora, as dificuldades que serão impostas com a reforma trabalhista.

  Concursados só que não

  Vale lembrar que, desde 2011, ano do último concurso dos Correios, a empresa criou vários impasses para a contratação daqueles que passaram nas provas e, por direito, deveriam tomar posse em seus cargos e somar aos que já suam a camisa nos Correios.

  A solução da estatal, que poderia estar em novas contratações e incentivos aos trabalhadores, parece ter valor apenas nas retiradas de direitos, benefícios e conquistas históricas da categoria, bem como nas demissões. Porém, as indicações políticas permanecem, a começar pela presidência, os altos salários para grandes cargos, gastos exorbitantes com reestruturações, viagens e patrocínios, entre outros, sempre com o nome Correios vinculado.


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